Mudança climática é tema de conversa no Café Científico


22/10/2011 – Muito se ouve falar em mudanças climáticas, mas você sabe o que isso significa? Com este e outros questionamentos o coordenador do departamento de Florestas e Serviços Ambientais do Ceclima da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), Rodrigo Freire, iniciou o Café Científico, na manhã de ontem, 21 de outubro. Também participou da conversa, o superintendente Administrativo da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Luiz Carlos Villares, que apresentou o Projeto Bolsa Floresta.

O Café Científico é uma das atividades da 8a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) que prossegue até hoje, 22 de outubro, na Estação Ciência, no Clube do Trabalhador do Sesi (Alameda Cosme Ferreira, Coroado, Manaus/AM). O tema que norteou as conversas da sexta-feira foi ‘O Amazonas no contexto das mudanças climáticas globais’.

Conforme afirmou Rodrigo Freire, o desmatamento, a pecuária extensiva e a matriz energética baseada na queima de combustíveis são apontados como os principais liberadores de gases do efeito estufa, que contribuem para o aumento da temperatura do planeta. No entanto, quando Rodrigo Freire perguntou se consideravam a matriz energética de Manaus limpa ou suja, a maioria respondeu que era limpa, pois vinha da Hidrelétrica de Balbina. “Infelizmente não. Balbina representa somente 13% da energia utilizada no Amazonas, a grande maioria (75%) provém da queima de combustíveis fósseis nas termelétricas”, esclareceu Rodrigo, que antecipou que este cenário está em mudança com a chegada e uso do gás natural. “A adoção da nova matriz energética, baseada no gás representa uma redução em 35% na emissão de gases do efeito estufa na capital”, afirmou.

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Outro dado relevante apresentado foi que 95% das mudanças climáticas (alterações no clima) decorrem das atividades humanas. “Se as mudanças continuarem no ritmo atual, em 20 anos, teremos o aumento de 8 graus na temperatura. Como biólogo, posso dizer que muitas plantas e animais não resistirão a essa nova temperatura”, sentenciou acrescentando que todos têm responsabilidade com o futuro do planeta, por isso cada um deve adotar posturas e atitudes mais sustentáveis. 

Mesmo com 97% da floresta em pé, o Amazonas tem implementado programas como o Bolsa Floresta, que reconhece os moradores ribeirinhos como os principais parceiros para a conservação da floresta. Conforme destacou Luiz Carlos Villares este programa está presente em 15 Unidades de Conservação, das categorias Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS), Reservas Extrativistas (Resex) e Florestas Estaduais (Florest). “São 7.950 beneficiados, em 550 comunidades”, contabilizou.

A artista plástica Elina Siqueira, enquanto prestigiava o Café Científico, afirmou que ficou curiosa em saber mais a respeito do Bolsa Floresta. “Realmente é um programa que melhora a autoestima e faz a pessoa se sentir cidadão do mundo”, constatou, após a explicação de Luiz Carlos com foco nos quatro componentes que integram o programa (social, associativismo, familiar e renda). “Assim o Estado está mostrando ao mundo que é possível viver na floresta sem destruir”, enfatizou Luiz Carlos que concluiu: “Estamos ligados globalmente, mas agindo localmente”.

Fonte: Ciência em Pauta/Sect – AM

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