Pesquisa da UEA vai estudar a influência do gás metano na baixa atmosfera


09/02/2012 – O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aprovou, em dezembro de 2011, o valor de R$ 86 mil para o projeto da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) intitulado ‘Estudo do Efeito da Camada Limite Atmosférica no Transporte e Balanço de CH4, em Áreas de Floresta Nativa e Desmatadas, na Amazônia.

O projeto fará uma avaliação da influência de fenômenos da Camada Limite Atmosférica (CLA) – parte mais baixa da atmosfera que está em contato direto com o homem, no transporte do gás Metano (CH4), buscando estimar a produção desse gás e identificar suas possíveis fontes, em áreas de floresta nativa e em processo de desmatamento.

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A área de pesquisa em floresta nativa está localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, na cidade de São Sebastião do Uatumã (a 246 quilômetros de distância de Manaus). Já a pesquisa referente à floresta desmatada está localizada na cidade de Humaitá (591 quilômetros de distância de Manaus) – região em expansão urbana devido às obras da BR-319 e da possível construção de uma hidrelétrica no Rio Machado.

Para a realização do estudo será utilizado um sistema de sondagem atmosférica, composto por uma sonda meteorológica presa por um extenso cabo em um Balão Cativo – balão de hidrogênio ou hélio. A sonda fará uma leitura dos dados referentes à pressão atmosférica, temperatura, umidade relativa do ar, velocidade e direção do vento nos primeiros 500 a mil metros da CLA. A coleta de material será feita durante cinco dias contínuos tanto no período chuvoso, quanto no período de seca.

Segundo a coordenadora do projeto, Rosa Maria Nascimento dos Santos, o gás Metano é o segundo gás que mais contribui para o aumento do efeito estufa. “Nosso grande desafio é tentar determinar e quantificar como as atividades humanas modificam a estrutura da CLA e as consequências disto para o transporte e aumento da concentração dos gases do efeito estufa, em especial o Metano, visto que estes processos ainda não são bem compreendidos, sobretudo em regiões de floresta tropical, como a Amazônia”, afirma Rosa Maria.

Executado pela UEA em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (Cena – USP) e Universidade e Centro de Pesquisa Wageningen UR da Holanda, a equipe que atuará no projeto é composta por dez pessoas que iniciarão as atividades no segundo semestre de 2012.

Fonte: Lívya Braga – UEA

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