Pesquisadores avaliam efeitos do aumento de gás carbônico na floresta amazônica


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Floresta amazônica. Foto: Érico Xavier

Pesquisadores do Brasil, Estados Unidos e Europa iniciaram em 2014 o projeto Amazon FACE. O estudo pretende avaliar os efeitos do aumento da produção de gás carbônico (CO2) na ecologia e resiliência da floresta amazônica. Os experimentos serão realizados em uma área de floresta fechada a 70 quilômetros ao norte de Manaus.

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David Montenegro Lapola. Foto: Lana Santos

O projeto, de longo prazo, recebeu aporte financeiro da ordem de R$ 3 milhões de reais do Governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). A pesquisa também conta com recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O pesquisador e coordenador geral da pesquisa, David Lapola, explica como se dá o processo de avaliação deste estudo. “Se esse efeito do gás for real, isso poderá ser positivo. Ele pode balancear o efeito maléfico das altas  temperaturas e da falta de chuva e, com isso, a floresta ficaria de pé. Se o efeito não existir, a situação pode ser um pouco mais séria. A floresta poderia ser menos resistente a essas mudanças climáticas  o que significaria então num futuro mais catastrófico para a região”, explicou.

O coordenador local do projeto, doutor Carlos Alberto Quesada, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), afirmou à TV FAPEAM que a ideia é criar um laboratório a céu aberto.

Além do Inpa, outras instituições participam deste projeto, como: Max Planck Institute (Alemanha); ANU-  The Australian National University (Universidade da Austrália); Universidade Estadual Paulista (Unesp); Oak Ridge National Laboratory (ORNL); e o  Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI).

O projeto Amazon FACE será composto por quatro áreas de controle – de tamanho aproximado de 700 m² – isoladas por tubulações que irão borrifar gás carbônico para o interior das áreas circulares de floresta natural da Reserva Biológica do Cuieiras (BR174), onde serão verificadas todas as reações da floresta ao aumento da concentração desse gás.

Confira mais informações na Rádio Com Ciência:

 

 

 Daniel Jordano – Agência FAPEAM

Ada Lima – TV Fapeam

Francisco Santos- Rádio Com Ciência 

Fotos: Érico Xavier / Lana Santos

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