Estudo com apoio do governo do Estado pretende identificar as principais vantagens competitivas da Amazônia


Mapa com principais vantagens competitivas deve ser concluído em junho deste ano, segundo a coordenadora do estudo, pesquisadora Zení Jucá Bessa

Estudo com apoio do governo do Estado pretende identificar as principais vantagens competitivas da Amazônia

Que a Amazônia é rica em biodiversidade já não é novidade. Mas, onde estão as matérias-primas que podem transformar esta biodiversidade em produtos para o mercado nacional e internacional? Para mapear as vantagens competitivas da sociobiodiversidade amazônica e destaca-las como fator estratégico, especialmente para a inovação tecnológica na região, a pesquisadora Zení Jucá Bessa está desenvolvendo um estudo que fornecerá um visão integrada da diversidade amazônica para o desenvolvimento regional.

A pesquisa está sendo realizada com apoio do governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) no âmbito do Programa de Formação de Competências em Gestão de Inovação, em parceria com a Natura, e deve ser concluída em junho deste ano.

Estudo com apoio do governo do Estado pretende identificar as principais vantagens competitivas da Amazônia

O desafio deste cenário, segundo a pesquisadora, é promover a valorização da sociobiodiversidade local. (Foto: Érico Xavier/Ag.Fapeam)

 De acordo com Zení Bessa, o objetivo é produzir um mapa dos principais diferenciais que a região amazônica pode oferecer para o desenvolvimento de produtos obtidos da sociodiversidade da Amazônia.

Segundo Zení Bessa, diante da diversidade amazônica surge a necessidade de uma visão integral e integradora das ações estratégicas para o desenvolvimento regional.

O desafio deste cenário, segundo ela, é promover a valorização da sociobiodiversidade local. O estudo irá contribuir com a nova matriz econômica ambiental do Amazonas lançada, na terça-feira (01/03) pelo governador José Melo.

“Espera-se que este estudo possa propiciar maior clareza das camadas competitivas que a região possui frente a seus principais concorrentes globais, bem como subsidiar ações estratégicas (no âmbito público e privado) de agregação e capturar do valor dessas vantagens aos produtos/processos/serviços inovadores gerados na região e a identificação de potenciais diferenciadores de negócio para empreendimentos regionais”, disse Bessa.

 Mapeamento competitivo

A Amazônia é detentora de uma rica e extensa biodiversidade, de povos e comunidades tradicionais e de uma variedade cultural inseparável de sua relação com o meio ambiente que o cerca.

“A partir da reflexão destes elementos, natureza-homem-cultura, emerge o conceito de sociobiodiversidade, capaz de conciliar as vertentes complexas do ambiente amazônico. Em seu sentido mais amplo, a sociobiodiversidade envolve a relação entre a diversidade biológica, os sistemas tradicionais e o uso e manejo destes recursos vinculados ao conhecimento e cultura das populações tradicionais”, explicou a pesquisadora.

Para a pesquisadora, o mapeamento competitivo dará maior clareza sobre as principais camadas de vantagens competitivas que o ‘fazer’ inovação a partir da sociobiodiversidade amazônica pode oferecer de modo a capitalizar este valor para inciativas empreendedoras na região gerando um valor ainda maior para os potenciais inovativos e tecnológicos presentes na região.

Segundo ela, neste cenário, a aproximação entre a academia e empresas privadas tem sido fundamental para o aperfeiçoamento e formação de profissionais altamente qualificados.  “O apoio da Fapeam tem permitido além da formação holística de profissionais de inovação a produção de estudos relevantes sobre o cenário de inovação da região que beneficiam todos os atores que integram o habitat inovativo regional”, disse Zení Bessa.

Francisco Santos / Agência Fapeam

Foto destaque: Rogério Maestri

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