Rede de biocosméticos será lançada em maio
Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) envolvidas na criação da RedeBio vão lançar edital em 5 de maio. Juntamente com a Rede Malária, esta é a segunda iniciativa conjunta entre FAPs destinada a financiar pesquisas interestaduais
Os diretores das Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) do Amazonas (Fapeam), Pará (Fapespa), Maranhão (Fapema) e da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Tocantins definiram para 5 de maio a data de publicação do Edital da Rede Amazônica de Pesquisa em Desenvolvimento de Biocosméticos (RedeBio). A definição ocorreu durante reunião realizada na última sexta-feira, em São Luís, no Maranhão, para discutir o Termo de Referência da RedeBio.
A rede contará com investimentos inicias de R$ 6,9 milhões, sendo: R$ 2,1 milhões de cada FAP (Amazonas, Pará e Maranhão) e R$ 600 mil da Secretaria de C&T do Tocantins. De acordo com Odenildo Sena, diretor-presidente da Fapeam, trata-se de um marco na história das pesquisas com matérias-primas amazônicas com potencial para serem utilizadas na área de biocosméticos.
Uma novidade é que só serão aceitas pesquisas que sejam feitas de modo interestadual, ou seja, que abarquem ao menos três Estados dos quatro envolvidos no projeto. “Os investimentos deverão gerar produtos. Esta é uma condição essencial para que possamos dar seguimento ao projeto e proporcionar avanços significativos no setor”, enfatizou Sena.
Os produtos de interesse da rede são a andiroba, a copaíba, a castanha e o babaçu, sobretudo por conta dos avanços já observados nesses segmentos. “Muitas empresas irão ver essas pesquisas aplicadas e, caso haja interesse por nichos de mercado específicos, teremos mais chances de fortalecer nossos investimentos”, avaliou Sena.
A proposta de criação da RedeBio, de acordo com Sena, visa, ainda, gerar emprego e renda para populações amazônicas que trabalham no segmento da coleta e melhoramento de matéria-prima para produção de cosméticos, sobretudo aqueles que podem ser extraídos de plantas nativas da Amazônia e que, por isso, recebem a denominação de biocosméticos
Renan Albuquerque – Agência Fapeam