Rede Fito-Amazônica regula uso de fitoterápicos


 Muito em breve, médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão receitar fitoterápicos (medicamentos derivados de plantas) a seus pacientes. Além disso, os usuários do Sistema poderão conseguir a medicação em postos de saúde, já que o governo vai ficar responsável pela distribuição dos fitoterápicos.

 A iniciativa faz parte da Rede Fito-Amazônia, implantado pela Fiocruz, em parceria com diversos setores governamentais. Caso seja bem sucedida, a Rede servirá de modelo para a implantação do Programa Nacional de Plantas, cujo decreto foi aprovado pelo Governo Federal em junho do ano passado.

  A Política estabelece, pela primeira vez no Brasil, a perspectiva do uso sustentável da biodiversidade brasileira para o desenvolvimento de medicamentos de origem vegetal. 

 Nesse contexto, a Rede Fito-Amazônia dará especial atenção ao conhecimento das populações tradicionais da região em relação ao uso de ervas, raízes e extratos vegetais na cura de doenças, de acordo com Glauco de Kruse Villas Boas, Coordenador do Centro de Produtos Naturais do Instituto de Tecnologia de Fármacos FAR-Manguinhos /Fiocruz.

“O conhecimento tradicional de plantas medicinais brasileiras significa uma vantagem comparativa porque aponta sempre a direção estabelecida durante anos a fio de uso e cura. Esta direção é sempre é um bom ponto de partida para a pesquisa e desenvolvimento de fitomedicamentos. Além de, em muitos casos, permitirem o novos achados, novos ativos, fármacos”, afirma o coordenador.
Segundo Glauco Villas Boas, as plantas e derivados foram e continuam sendo a principal fonte de medicamentos do planeta.

Vantagens para a população

A Rede beneficiará a sociedade nas duas extremidades do processo, como produtor dos insumos e na fase final, consumidor dos fitoterápicos distribuídos pelo SUS. Segundo Villas Boas, a ideia básica é reunir os diferentes atores sociais detentores de conhecimento específico (plantas medicinais, fitomedicamentos e assuntos relacionados) que através de uma gestão participativa da Rede Fito-Amazônia definirão o que será feito, de que forma, com que e recursos, estabelecendo prazos.

Andréia Mayumi – Agência Fapeam

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