Uso de plantas com fins medicinais é herança da população amazônida


14/11/2012 É comum nas populações tradicionais da Amazônia a busca na medicina alternativa pela cura de diversas doenças. No município de Humaitá, esses saberes tradicionais serão analisados por meio do projeto ‘Coletânea de Saberes: uso tradicional de plantas medicinais pelas comunidades do sul do Estado do Amazonas’, vinculado ao Programa de Apoio à Pesquisa – Universal Amazonas, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) e coordenado pela mestre em Sociologia professora e pesquisadora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) no município, Priscila Freire Rodrigues.

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src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/DSC01580.JPGA pesquisadora explica que a pesquisa irá abranger a microrregião do Rio Madeira, que engloba os municípios de Humaitá, Manicoré e Apuí. "Queremos ter acesso ao acervo empírico das pessoas, saber como elas conhecem as plantas, observando de maneira própria os aspectos culturais, morfológicos, químicos e ecológicos. Para isso, vamos utilizar o método multidisciplinar na perspectiva da etnoecologia envolvendo as ciências sociais e as ciências da natureza”, disse.

Rodrigues afirmou que o estudo também irá identificar os modos de uso das plantas medicinais, seu manejo e conservação pelas populações da área rural no sul do Estado. "Desse modo, será realizado um estudo etnobotânico das plantas medicinais típicas no sul do Amazonas, resgatando o conhecimento no contexto sociocultural e ambiental, assim como análise dos sistemas de saúde, com ênfase às práticas tradicionais de mulheres parteiras, benzedeiras e curandeiras", enfatizou.  

Segundo a coordenadora, a meta é que a pesquisa se transforme em um livro que auxilie e amplie o conhecimento sobre essas tradições. “Por meio do livro, as pessoas terão acesso a esse conhecimento que existe desde a antiguidade e é uma herança indígena”, enfatizou a pesquisadora.

Apoio da FAPEAM

Para a pesquisadora, o apoio da FAPEAM não representa apenas a possibilidade de fazer pesquisa no Estado do Amazonas, significa principalmente a abertura para o maior conhecimento em termos da própria região amazônica. "Esse apoio é fundamental para que pesquisadores jovens possam contribuir e fazer parte de uma área que precisa crescer cada vez mais em nosso Estado, que é a pesquisa científica. Em face de várias dificuldades que encontramos para realizar estudos científicos na região, a FAPEAM se apresenta como um alicerce nesse processo e nessa conquista”, finalizou.

A pesquisa conta com financiamento do Programa de Apoio à Pesquisa – Universal Amazonas, da FAPEAM, de acordo com Edital 021/2011, que aprovou 156 propostas de mestres e doutores de várias Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado.

Para o desenvolvimento dessas ações, estão sendo disponibilizados recursos financeiros estimados em R$ 5 milhões de acordo com o Edital e, de acordo com a Decisão 209/2012 do Conselho Diretor, foram suplementados mais recursos equivalentes a R$ 3 milhões para financiamento do maior número de propostas. No geral, serão disponibilizados R$ 8 milhões, oriundos do Governo do Estado, por meio da FAPEAM.

Veja a lista de aprovados, clique aqui.

Sobre o Programa Universal Amazonas

Esse programa consiste em financiar atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação, em todas as áreas de conhecimento, que representem contribuição significativa para o desenvolvimento do Estado, assim como incentivar a formação e consolidação de grupos de pesquisa e o aumento da produção científica qualificada, visando maior participação no sistema nacional de CT&I; incentivar a consolidação da infraestrutura institucional de apoio à pesquisa; Incentivar a articulação interinstitucional entre as Ipes e organizações governamentais e não governamentais na execução de pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação.

Rosa Doval – Agência FAPEAM

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